População:
Tamanho:
circa
• 30
Número de subpopulações:
absolute
• 1
Número de indivíduos na maior subpopulação:
circa
• 30
Redução populacional:
circa
• 30
Detalhes: A espécie se manteve em cultivo, provavelmente da única introdução na Europa em torno de 1820, na volta dos viajantes da expedição austríaca no Brasil. Ela foi cultivada em vários jardins botânicos, pelas exsicatas que foram preparadas em G, LE, P, W, e Z. A ultima menção da planta em cultivo foi em 1907 numa foto de uma revista de horticultura na Inglaterra, depois sumiu. O Mauro Peixoto tem conseguindo propagar agora por sementes e já floresceu (A. Chautems com. pess.). Os dados e informações sobre a espécie eram escassos, conhecida por apenas duas coletas que datavam em mais de um século. Fomos informados que a espécie havia sido recoletada no município de Miguel Pereira, em abril de 2015 e que, a priori, se tinha conhecimento de apenas alguns indivíduos em uma única localidade, a qual apresentava um histórico contínuo de impactos por ações antrópicas. A localidade original da espécie (Área 1) foi bastante impactada nos últimos meses de 2015, entretanto, foi registrado um pequeno cercado no local, erguido para isolar e proteger os indivíduos que ali ainda perduram, entretanto, a eficácia de tal medida é praticamente nula, devido a fragilidade da cerca, constituída de madeira e arame e em função do hábito rupícola da espécie, que se encontra em um paredão rochoso no qual não haveria pisoteio de gado. Foi visitado mais um fragmento (Área 2) próximo à localidade original da espécie, onde aproximadamente 15 indivíduos foram encontrados. Foi registrada a presença de gado nesta área. A área 3 consistia em um trecho de aproximadamente 400 metros, distando aproximadamente 7 km da Área 1, em uma mata de galeria seguindo o curso de um riacho contribuinte do Rio Santana, no interior de uma propriedade particular utilizada para atividades pecuárias. Nesse trecho foi encontrada uma quantidade substancial de indivíduos (em torno de 200 indivíduos), onde foi possível verificar com mais precisão o habitat ocupado pela espécie, que ocorre apenas em áreas declivosas, diretamente sobre afloramentos rochosos ou de solo bastante raso. Embora tenha sido encontrado um número de indivíduos maior que o esperado, a espécie continua em uma situação muito delicada, uma vez que todos indivíduos de sua população global são atualmente conhecidos apenas para a região do município de Miguel Pereira. Além disso a espécie apresenta especificidade de habitat, ocorrendo em áreas sombreadas, úmidas, sobre ou próxima a rochas, ressaltando a necessidade de se proteger os remanescentes de Mata Atlântica da região que se encontram bastante fragmentados. É crucial desenvolver um plano para a preservação da espécie, porém, a região precisa ser melhor amostrada para que o tamanho da população da espécie e a área ocupada pela mesma sejam melhor compreendidos.
Em novembro 2016 a área de ocorrência (Área I) foi visitada por A. Chautems que enviou o seguinte relato:
"Pudemos observar algumas dezenas de indivíduos, não contei, mas avalio a uns 30-40, em estados diversos de regeneração. Tinha plantas jovens oriundas muito provavelmente de sementes. As plantas se encontravam no final da época de floração e me parece que tinha sinal de formação de frutos novos. Os cálices se mantinham bem coloridos e bem erguidos; pela comparação que pude fazer com as plantas em cultivo na coleção do Mauro, onde as flores não foram polinizadas (a fecundação não ocorre de maneira espontânea e ai os cálices murcharam logo). Acredito então que ainda ocorre polinização natural na área (pelo tamanho e comprimento das flores, apesar de brancas) imagino que poderia se tratar de beija-flor. O Vitor citou ter observado mais 2 populações que ficariam do outro lado do Rio Santana, cujo córrego citado acima é o afluente. Pela proximidade da trilha e os numerosos pastos e os arredores da trilha já desmatados e degradados ao longo do caminho que percorremos a pé, cerca de 1 km depois de ter deixado o carro, esta zona esta sujeita a mais ameaças de degradação."